terça-feira, 27 de outubro de 2009

23/10/2009 - OFICINA Nº 11





Obs.: Foi uma correria, pois eu estava aprendendo como fazer minha máquina tirar foto sozinha, eu correia pra lá e pra cá...Eta lasqueira!!!!!

  Após eu entregar o material cópia da Revista Nova Escola nº226, pg.90-92, notamos que na prática as coisas já não são tão simples assim: as meninas falaram da dificuldade da aplicação do Avançando na Prática, os alunos da 5ª e 7ª, reclamaram muito da atividade, teve muitos argumentos contras. Para a 5ª série se fez uma adaptação da atividade da pg87 e não da pg91. E na 7ª, não foi realizado o item 4 do avançando. As meninas induziram com algumas questões: Qual a idade em que estavam?, quando foi?, o que ocorreu?, como ocorreu?, etc. Foi solicitado também para eles, listarem o que foi mais importante e neste momento, as contradições eram: para que listar se nós já soubemos..., para que enrolar tanto... Então a maioria queria escrever direto e não realizar a etapa do PLANEJAMENTO.  Começamos então a refletir em cima do seguinte tema:

"  TRABALHAR ESCRITA E LEITURA COM OS ALUNOS, EXIGE PACIÊNCIA, DISPOSIÇÃO E REFLEXÃO."

  Se fossemos fazer o que eles realmente queriam, iríamos usar a atividade com o texto, para um pretexto, não iríamos por em prática as etapas que são necessárias no trabalho com produção e talvez por isto, a relutância de nossos alunos. Muitos provavelmente, se não todos, já foram acostumados com tal "queima" de etapas. É necessário provocar reflexões, discussões, para criar a base da argumentação. Quando nossos alunos perceberem que estes procedimentos realmente são válidos, eles notarão que a escrita torna-se muito mais fácil.
  Muitas vezes a redação escolar fica restrita à sala de aula, tem como objetivo cumprir uma tarefa, destina-se exclusivamente ao professor. Assim, é um texto marcado pela precariedade dialógica, que pouco contribui para que o aluno atribua à escrita um sentido social e para que ele compreenda a necessidade e as possibilidades de selecionar e organizar conteúdos, definir um gênero, escolher um estilo de linguagem.

  " SABER QUE É PRECISO TER UM DESTINATÁRIO PARA QUALQUER PRODUÇÃO TEXTUAL É FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DO TRABALHO." ( Celia Díaz Argüero )

  Achamos importante também, já fazer um gancho com a Unidade 23, que é o processo de REVISÃO e EDIÇÃO, pois estes processos não são fáceis, geralmente o aluno tem uma barreira muito forte em relação ao outro colega, não quer que os outros leiam seus trabalhos, mas gostam de ler e apontar erros dos outros. Retomamos novamente a pg 90 da reportagem da Nova Escola, em que diz que: " para que todos os procedimentos que visam o aprimoramento do texto possam ser feitos pelo estudante com competência e autonomia, é preciso trabalhar em grupo, em duplas e individualmente. No processo coletivo, a turma deve se debruçar sobre um textp produzido por um dos alunos e apontar o que precisa ser repensado, como palavras repetidas, termos incoerentes e mudanças na posição do narrador. É papel do professor dar alternativas, além de trazer à tona questões já analisadas, caso os alunos não consigam enxergar facilmente os problemas e apontar soluções satisfatórias."
  Agora fica mais fácil, perceber que o PLANEJAMENTO é fundamental antes de se começar a produção; o aluno apontando ideias antecipadamente, para somente depois escrever. Quando se realizar todas as etapas previstas antes da EDIÇÃO, importante não esquecer que é necessário uma SOCIALIZAÇÃO final.

  Partindo para a realização da atividade da OFICINA, seguimos os seguintes critérios de PLANEJAMENTO:
- O que ele irá fazer em relação ao barulho e ao pedido da mulher?;
- Como chegar nos representantes da Escola de Samba?;
- Haveria uma forma de ignorar o barulho?;
- A alternativa não seria juntar-se a eles, uma vez que existe o velho ditado: " se não pode com eles, junta-se a eles".

  Nosso texto ficou assim:
  - Mas como querida? Com quem eu vou falar lá naquela bagunça?
  - Ora! Você não é o Homem desta casa?! Decida você!
  - Tudo bem, eu vou colocar uma roupa e vou até lá ver como me recebem.
  Chegando no ensaio, o homem viu um grande alvoroço e muita mulher bonita e samba no pé. Ficou enlouquecido e quando deu por si, já estava bebendo e agarrado em uma bela mulata.
  Passado já algumas horas, chega esbravejante a esposa e depara-se com aquela cena: marido dançando na maior empolgação e quando ela foi reclamar, de súbito, foi enlaçada por um pagodeiro, que no entusiasmo, deslizou para o meio do salão.
  Quase já ao amanhecer, marido e mulher encontram-se, suados, felizes e relaxados, beijando-se no embalo do "tica-tica-bum".


Socializando o Conhecimento – Unidade 23 ( Cursista Fabi )
O processo de produção textual:
revisão e edição
O estudo da Unidade 23 nos mostra de forma clara que a revisão é uma das etapas da produção que requer mais esforço para ser aprendida e utilizada. O ensino e a aprendizagem do processo de revisão requerem uma pratica de estratégias de releitura, reflexão e do afastamento do escritor de seu próprio texto. Para tanto, é preciso visar a construção de um texto que atinja seus objetivos, considerando o gênero, o suporte, os possíveis leitores e a assunto. Já no processo de edição, a pratica está ligada a verificação de uma ultima lista de elementos antes da finalização do texto.
A unidade em estudo busca:
Identificar parâmetros de avaliação e ações necessários ao desenvolvimento da etapa de revisão.
Identificar os elementos necessários ao desenvolvimento da etapa de edição.
Produzir atividades de revisão e de edição da escrita para seus alunos.
Para complementar o estudo da Unidade 23 encontrei um material maravilhoso no site da Revista Nova Escola. (http://revistaescola.abril.com.br/producao-de-texto/revisao-alem-ortografia.shtml
O objetivo do aluno ao fazer a revisão de texto é conseguir que ele comunique bem suas ideias e se ajuste ao gênero. Isso tem de ser feito tanto durante a produção como ao fim dela.

Produzir textos é um processo que envolve diferentes etapas: planejar, escrever, revisar e re-escrever. Esses comportamentos escritores são os conteúdos fundamentais da produção escrita. A revisão não consiste em corrigir apenas erros ortográficos e gramaticais, como se fazia antes, mas cuidar para que o texto cumpra sua finalidade comunicativa. “Deve-se olhar para a produção dos estudantes e identificar o que provoca estranhamento no leitor dentro dos usos sociais que ela terá”, expressa Fernanda Liberali.
A revisão em processo e a final são passos fundamentais para conseguir de fato uma boa escrita. Nesse sentido, a maneira como você escreve e revisa no quadro-negro, por exemplo, pode colaborar para que a criança o tome como modelo e se familiarize com o procedimento.
“Os bons escritores adultos (...) são pessoas que pensam sobre o que vão escrever, colocam em palavras e voltam sobre o já produzido para julgar sua adequação. Mas, acima de tudo, não realizam as três ações (planejar, escrever e revisar) de maneira sucessiva: vão e voltam de umas a outras, desenvolvendo um complexo processo de transformação de seus conhecimentos em um texto”. Mirta Castedo

A seção 1 busca apresentar a noção de que um texto é constituído em um processo. Este, geralmente, é iniciado por uma preparação que inclui atividades de pesquisa de materiais e conteúdos sobre o tema e de leitura, compreensão e interpretação de textos que subsidiam as etapas de planejamento e escrita.
Durante a revisão, o escritor lê o rascunho, podendo reescrevê-lo ate avaliar que o texto está bom para ser lido por outra pessoa. A finalidade desta etapa é criar um distanciamento entre autor e seu texto. É o momento em que o autor tenta colocar-se no lugar do leitor, do interlocutor; e as releituras necessárias dependem da representação que o escritor tem de seu texto, de seu objetivo, sua finalidade, da audiência e do suporte, focando os processos de coerência e coesão textuais.
A seção 2 aponta que a construção da escrita por cada criança e adolescente ou aprendiz depende da representação que fazem das diferentes funções que a oralidade e a escrita exercem em nossa cultura.
O autor tem que aprender a dialogar com o próprio texto, internalizar, modelar de forma variada as questões que possam surgir a partir da leitura de seu texto, aprendendo a antecipar questões e tentando resolvê-las para que seu texto não cause problemas de compreensão.
Escrever para que alguém entenda, ou seja, para se comunicar com alguém, depende do desenvolvimento das etapas de revisão e edição. Escrever um texto mais extenso e completo em termos de informação, seguindo as convenções da escrita, é uma elaboração diferente daquela da fala, sobretudo no que diz respeito á formulação e reformulação do texto, dependendo do desenvolvimento de estratégias e procedimentos de produção textual. Este aprendizado é que vai diferenciando o escritor iniciante do experiente.
A última seção desta unidade contempla a revisão e edição da escrita. Para tanto, é importante considerarmos as habilidades e o desenvolvimento da atividade de produção textual, como atividades de modificação de textos existentes, de introdução e finalização, de contemplação e omissão de informações, de acordo com as necessidades e objetivos da situação sócio-comunicativa e das etapas da revisão e edição.

“Para transformar a escrita do aluno, é importante que as aulas de português contemplem as práticas de leitura e escrita que oportunizem a construção do conhecimento do uso e das funções da escrita. A escola é o lugar da reflexão e da transformação dessas práticas.” TP6 – pág.:140



Avançando na Prática (ADAPTADA) - FABI
Unidade 23


Antes mesmo de estar realizando o Gestar, já tinha uma grande preocupação em desenvolver a leitura e a escrita em sala de aula através da realização de atividades que contemplam os diferentes gêneros textuais.
No início do ano resolvi trabalhar o uso das gírias no cotidiano, pois ao iniciar minha prática docente percebi que o uso de gírias pelos alunos era constante.
Iniciei a atividade com a leitura do texto “O que está na boca da galera?” escrito por alunos adolescentes e publicado em uma revista. Ele começa com um título bastante sugestivo que logo aguça a curiosidade dos alunos. Após a leitura discutimos o texto mediante depoimentos dos alunos e opiniões. Em seguida partimos para a interpretação e compreensão do texto, apreciação de imagens e compreensão das mesmas e, por último coloquei no quadro o título do texto e solicitei que identificassem uma palavra própria da linguagem coloquial dos jovens, ou seja, uma gíria e seu significado.
Diante da identificação da palavra “galera” e do seu significado “turma” partimos para a definição de gíria e concluímos:
“Gíria é uma espécie de código, criado por determinados grupos para a sua identificação. É uma linguagem própria, que tem como intuito impedir a sua compreensão por pessoas que não pertencem a esses grupos”.
E com o conceito definido, os alunos realizaram diversas atividades, entre elas a identificação de gírias em tirinhas, fragmentos de textos e para concluir a atividade realizaram a produção de um dicionário de gírias seguindo algumas orientações:

 Formação de grupos, no máximo 5 alunos;
 Levantar o maior número possível de gírias que vocês conheçam;
 Escrever o significado de cada uma delas;
 Elaborar frases exemplificando o seu emprego;
 Organizar as gírias em ordem alfabética;
 Produzir uma capa e uma apresentação para o dicionário;
 Escrever na capa um título e o nome dos autores.
 Organizar uma forma de apresentação para os colegas e professor.

Os dicionários produzidos pela turma foram expostos na Feira do Livro do Município de Glorinha e outras pessoas tiveram a oportunidade de conhecer e se divertir com o trabalho realizado pela turma da 7ª série.

Os dicionários ficaram ótimos !!!


  Após a leitura e concordância das meninas, relatamos que foi importante seguir a sequência do planejamento, para que não fugíssemos das ideias do texto. Logo partimos para a prévia discussão das Unidades 23 e 24 e vou aplicar a Unidade 24, pg201 com meus alunos.
 

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