terça-feira, 27 de outubro de 2009

Unidade 22 - PRODUÇÃO TEXTUAL: planejamento e escrita

  Para iniciar os comentários sobre esta Unidade, encontrei alguns trechos importantes e muito significativos:

" [...] o texto não funciona autonomamente, posto que depende da ação de quem o produz, e também de quem o recebe, ou seja, não traz em si todos os detalhes de sua interpretação. Em outras palavras, o texto funciona como o fio condutor que liga tenuemente o escritor ao leitor, permitindo a interação entre eles em uma situação comunicativa concreta." ( Delaine Cafieiro. A construção da continuidade temática por crianças e adultos: compreensão de descrições definidas e de anáforas associativas. Instituto dos Estudos da Linguagem da Unicamp, 2002, p.31. Tese de doutorado ).
" Eu sei escrever. Escrevo cartas, bilhetes, lista de compras, composição escolar narrando o belo passeio à fazenda da vovó que nunca existiu porque ela era pobre como Jó. ( Adélia Prado. Com licença poética. Antologia. Lisboa, Livros Cotovia, 2003 ).
  Estas citações nos deixam bem claro que para escrever, é preciso existir um ponto de partida e um ponto de chegada. É preciso que nós professores compreendamos que nosso aluno precisa perceber um objetivo e um siginificado para aquela atividade, que não seja apenas a de ser " corrigida pelo professor ".
  No início desta Unidade já é comentado isto e também que é necessário o incentivo a capacidade de auto-reflexão de cada um dos alunos envolvidos, o trabalho em grupo, a abertura para a percepção das necessidades do leitor provável e também a criatividade e autonomia na escrita de textos diversos. ( pg.73)
  Como ressalta Roxane Roxo: " O desafio do ensino de língua materna hoje é de iniciar na cultura escrita todos os alunos de quaisquer origens culturais, fazendo com que tomem consciência do valor fundador para suas identidades do mundo dos escritos, para que esses concordem em aprender".

  Assim, a produção textual deve fazer sentido para o aluno. Os textos devem estar o mais próximo possível de situações verdadeiras, desta forma, será ao mesmo tempo, um objeto de ensino aprendizagem e a materialização de uma prática autêntica de linguagem. O aluno saberá assim quem são os seus interlocutores, terá clareza do contexto da situação comunicativa: quem escreve, com a intenção, qual o genêro textual mais adequado, o que se tem a dizer, quem vai ler o texto e finalmente, onde será publicado e este último item é fundamental, a escola não pode pular ou queimar etapas. O textoque meu aluno produzir, deve ser escrito, lido, relido, lapidado, para que o texto cumpra a intenção a que se propõe: emocionar, convencer, prescrever, enredar etc.
  Meu aluno quando entender o que está fazendo, ele tomará um " estilo próprio ", ou seja, passará a ser "dono" de sua escrita.

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