quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Unidade 1 / TP1 - VARIANTES LINGUÍSTICAS: DIALETOS e REGISTROS

  Nesta unidade fala-se da linguagem não como uma simples forma de comunicação, mas como interação, na qual os sujeitos envolvidos realizam uma ação de mão dupla, um influindo sobre o outro, em função do lugar que ocupam nessa interação.
" Reconhecer locutor e interlocutor como igualmente importantes no processo de interação. " ( TP1, pg 13 )
  Aqui vamos entrar num ponto muito importante, que sempre é apontado pelo autor Chico Buarque de Holanda : O HOMEM COMO UM SER DE CULTURA." Nossos alunos pertencem a cidades diferentes, modos de viver diferentes e é nítido que muitos possuem uma linguagem própria, com especificações típicas de suas regiões. Para nós aqui no Sul isso já é comum, dependendo da cidade, cada qual tem um sotaque diferenciado, mas que marca a mesma tipificação do Gaúcho.
  As atividades desta Unidade são muito pertinentes e boas de trabalhar com os alunos, independente da série, pois os textos são com uma linguagem bem marcada e assuntos do dia-a-dia. Creio que esta Unidade é uma das que eu achei mais fácil para aplicação em aula e muitas das atividades já trabalhei, mesmo antes de estar estudando este TP, são situações acessíveis e que trabalhamos ao longo do ano com nossos alunos. Linguagem e comunicação.
  Nossos alunos possuem uma linguagem diferente da nossa, assim como nós de nossos pais e avôs, pois são gerações diferentes, mas o processo comunicativo é o mesmo e este trabalho é muito bom de apontar em sala de aula. Tem um material que está circulando na internet, que é o DICIONÁRIO GAUDÉRIO, segue para apreciação:

É sabido que o sotaque mais xucro, grosso e assustador de todo o universo conhecido (e do desconhecido também) é o nosso, oriundo do sul. Esse dicionário é quase perfeito, especialmente para quem não é 'nativo' deste chão!!!

Adevogado: primeira palavra do dicionário, lista telefônica, etc
Alemoa: loura
Apiá: descer
Apinchá: jogar
Aragem: frio, nevoeiro.
Atorá: cortar
Auto: automóvel
Avil: isqueiro
Baita: grande
Bergamota: tangerina, mexerica
Boleá: jogar, entrar
Brique: negócio de compra e venda
Briquiá: trocar, de mano ou não
Bugre: índio ou descendente de índios
Cacetinho: Pão francês pequeno
Cagar a pau: bater
Camassada de pau: apanhar
Campiá: procurar
Capaz!: exclamação de espanto, as vezes de concordância , as vezes não.
Catrefa: pessoas que não valem nada
Cheschimia: ximia de queijo (lê-se queschimia)
Chimia: doce de fruta de passar no pão
China: mulher
China Véia: esposa
Chinaredo: zona
Chumaço: conjunto de alguma coisa
Chucro: pessoa enverganhada, cavalo sem doma
Chuvarada: tempestade, chuva de muitos dias
Cóça de laço: apanhar
Coisarada: conjunto de várias coisas diferentes
Colono: agricultor
Colonice: brega, caipira
Crêendios pai: exclamação quando algo dá errado
Cria: filho
Criaredo: um monte de filhos
Cuca: pão doce
Cusco: Cachorro
De revesgueio: de um tal jeito
De vereda: rápido
Faceiro: alegre, feliz
Fincá: cravar
Fóque: lanterna
Fuque: fusca
Gaita: acordeon (intrumento musical)
Gaitada: risada
Garrão: calcanhar
Gringo: descendente de italianos
Guaiaca: carteira de dinheiro
Incebando: enrolando, fazendo cera
Ingrupi: enganar
Ínôzá: amarrar (já viu palavra com todas as sílabas com acento?)
Inprenhá: engravidar
Insúcia: em conjunto
Intertê: fazer passar o tempo com algo
Inticá: provocar
Intrevêro: bagunça
Intuiado: cheio
Invaretado: nervoso
Japona: jaqueta de nylon
Jóssa: coisa
Judiar: mal tratar
Kakedo: pessoas que não valem nada
Lagartear: sentar no sol depois do almoço
Lazarento: xingamento
Luitá: brigar
Macharedo: grupo de homens
Malinducado: mal educado
Mata-cobra: soco de cima para baixo, golpe marcial
Massa: macarrão
Murcilha: morcela
Náifa: faca
Na capa da gaita: muito cansado
Ôio-d´água: nascente
Paiêro: fumo de palha
Pânca: modo de se portar, por exemplo: panca de motoqueiro (jeito de motoqueiro)
Pare, home do céu: parar, o mesmo que 'se par de bobo' e 'deusolivre home'.
Patiá: ser enganado, pagar de bobo
Pelhor: o contrário de melhor
Pelo Duro: qualquer outra pessoa que não seja descente de alemão, italiano ou índio
Peral: declive acentuado no relevo no solo como um canyon
Perna de salame: peça de salame
Pescociá: olhar para os lados, matar tempo
Pestiado: com alguma doença
Pexada: acidente
Piá: Guri
Piá pançudo: guri bobo
Pingo: cavalo manso
Podá: ultrapassar, ou cortar, o mesmo que apodá
Posá: dormir em algum lugar
Prenda: mulher bonita
Proziá: conversar
Puxe: frete, transporte
Rafuage: vagabundo, malandro
Rangueá: gemer
Rancho: compra do mês
Ratiá: incomodar
Réco: zíper
Relampiando: trovejando
Resbalão: escorregar
Revertério: dor de barriga
Rinse: condicionador de cabelos
Rinso: sabão em pó
Sai fincado: suma daqui
Sinalêra: semáforo
Sóga: corda
Sólinha: voadeira, golpe marcial
Táta: empregada doméstica
Tatinha: babá
Táio: corte
Te atraca: faz isso
Tentiá: filar
Tchê: homem, guri, pessoa. ô tchê = ei você
Trupicá: tropeçar
Tunda de laço: apanhar
Uso campião: usucapião
Vareio: vencer fácil
Veiáco: mal pagador
Vila: favela
Vileiro: favelado
Vortiada: passeio
Zoiudo: impertinente, olho-gordo




Exemplo de aplicação: Agora te atraca e manda esse e-mail para intertê os teus amigos, aproveita enquanto teu chefe foi dá uma vortiada... Não sei como ele não vê que mesmo intuiado de trabalho você fica incebando o dia inteiro... Pare de campiá desculpa, fica falando que tá pestiado e ainda consegue ingrupi o coitado do chefe... Mas te atraca logo, antes que ele volte e fique invaretado de te ver pescociando e te dê um mata-cobra de vereda... E se achar que não vale a pena enviar para seus amigos ficarem faceiros, pegue uma sóga e se enforque!!! Pare de se bostiá, home do céu, não seja malinducado e manda essa jóssa de vereda!!! Porque eu já estou na capa da gaita de tanta gaitada que eu dei.


  Este material demonstra muito bem que apesar de um pouco "forçado" para muitos, existe uma linguagem diferente, provínda de uma certa região. Até entre nós gaúchos, dependendo da cidade, temos dificuldade de nos comunicar, imagina para quem é de fora.

 
" A cultura, entendida como o conjunto de formas de fazer, pensar e sentir de uma pessoa ou de uma sociedade, é uma construção histórica e varia no espaço e no tempo.
  A língua é, ao mesmo tempo, a melhor expressão da cultura e um forte elemento de sua transformação. A língua tem o mesmo caráter dinâmico da cultura. " ( TP1, pg 18 )
  É neste momento que penso até que ponto devemos interpretar nosso aluno como escrevendo "errado". Que concepção temos que ter sobre o "erro"? Muitos são os casos de perceber que este aluno fala de tal jeito, por isso representa na escrita seu modo de falar. Temos sim que mostrar que existe uma convenção, a NORMA - forma de cada grupo usar a língua, mas que ele deve saber que se aplica em situações diversas e que entre seu meio comum, ele pode falar de seu modo, mas que isso não é em qualquer situação comunicativa.
  Devemos levar em conta, que a língua não é uniforme e nem única: ela apresenta variações, conforme os grupos que a usem. Que isso levará em conta faixa etária, espaço geográfico, social e profissional. Não devemos utilizar o modo de falar de meu aluno, como pretexto para apontar o "erro".
  É fundamental rever nossos conceitos, devemos criar oportunidades para que nossos alunos explorem diversas situações sócio-comunicativas, em que usem diversos dialetos e registros, para poderem refletirem e discutirem sobre tais situações. Devemos desenvolver a competência para a leitura e produção de textos.

30/10/2009 - OFICINA Nº12

 Organizamos novamente o Projeto do Portfólio, acompanhado de uma boa rodada de sorvete. Que tarde maravilhosa!
 Nesta oficina relatamos nossas experiências da semana e o desenvolvimento dos Avançando na Prática e falamos muito sobre o trabalho com o texto em sala de aula. Como atrair nosso aluno e de que forma trabalhar o texto em sala de aula?
  Fizemos um breve resumo sobre as Unidades desta Oficina e retomamos os Avançando na Prática das páginas 141 - GÍRIAS e da pg178. A professora Fabi realizou um material bem legal com seus alunos, envolvendo o vocabulário das gerações. Os alunos leram textos fornecidos pelos Tps e entregou uma foto de uma senhora idosa para os alunos escrevem algo sobre a imagem, mas eles tinham que utilizar seus próprios vocabulários, para depois apontar as gírias e expressões presentes. Após produção, revisão, eles localizaram as gírias e criaram o Dicionário da Turma, ficou muito bom!





  Conversamos sobre como trabalhávamos a leitura em sala de aula e nós todas ainda realizamos fichas de leituras, apesar de ser antiga, é algo que dá bastante certo, pois notamos que no início do ano, os alunos pegavam poucos livros e agora o número aumentou bastante e também em relação ao nível de dificuldade de leitura, passaram de livros mais fáceis à leituras mais complexas e isso teve resultados nas atividades de interpretação e escrita, eles estão interpretando e escrevendo melhor. A Hora do Conto também é algo constante e o processo é adorado pelos alunos e quando não sobra tempo para a realização, eles cobram muito.
  Algumas sugestões foram apontadas:

EVA FURNARI
- FELPO FILVA, OPERAÇÃO RISOTO, TRAQUINAGENS E ESTRIPULIAS, CACOETE, PROBLEMAS DA FAMÍLIA GORGONZOLA, NÓS.

WALMIR AYALA
- A POMBA DA PAZ.

LYA LUFT
HISTÓRIAS DA BRUXA BOA

ANA MARIA MACHADO
HISTÓRIA MEIO AO CONTRÁRIO, MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA, BISA BIA BISA BEL, MENINO QUE VIROU ESCRITOR, CABE NA MALA, O DISTRAÍDO SABIDO, ESTA CASA É MINHA, BEM DO SEU TAMANHO.

FERNANDA LOPES DE ALMEIDA
A FADA QUE TINHA IDEIAS

LYGIA BOJUNGA
A CORDA BAMBA, A BOLSA AMARELA, OS COLEGAS, SOFÁ ESTAMPADO.

A parte IV desta oficina adiamos, pois ainda não é nosso último encontro, vamos deixar para realizar o fechamento mais tarde.


Unidade 24 - LITERATURA PARA ADOLESCENTES

  Nesta Unidade pode-se observar o percurso fundamental do GESTAR, a leitura dentro e fora da sala de aula. Alguns pontos são muito relevantes para mim:

" O homem não é só um animal social, é um animal estético também. E, dentre as artes, a literatura, tendo como matéria-prima a palavra, é a que mais aprofunda nossa reflexão sobre a condição humana...o texto literário é fundamental por um motivo inverso: pela fantasia e pela "inutilidade", tem a condição essencial de alimentar nossas utopias e procurar desvendar o mistério da vida. Afinal, alimentar o espírito é tão importante quanto nutrir o corpo..., por isso é importante enfatizar que a escola precisa criar essa presença, para que, pelo menos em algum momento da vida, dentro ou fora da sala de aula, as pessoas se lembrem da experiência gratificante de ouvir ou ler literatura e sintam a " falta". "( TP6, pg165 )
  Assim, esta Unidade vai tratar justamente do trabalho do professor com o aluno, em relação a Literatura. Muitos de nós enfatizamos que nossos alunos não leem, mas o que é ler afinal? Somente obras literárias? Vemos diariamente os alunos realizando envio e recebimento de mensagens pelo celular, vemos também eles com revistas nas mãos, gibis e muitas trocas de bilhetes entre eles. Isso não é prática de leitura e escrita? Sim, mas os próprios alunos afirmam que leem só por cima, olham só o que interessa e não gostam de leituras mais longas e isso fica fácil de perceber, quando vamos trabalhar com um texto mais longo em sala de aula. Nossa! è só reclamação e muitos não leem, vão direto tentando acertar as respostas sem ao menos explorar o texto.

  O trabalho com a leitura em sala de aula não é fácil, mas se o professor fazer disso um hábito desde as séries iniciais, creio que o desejo não irá apagar, mas o que acontece é que nas séries inciais existe o hábito e depois que os alunos passam para a quinta-série, os professores de área já não mais mantêm o mesmo ritmo e isso é um grande fator contribuinte para os alunos deixarem de ler, uma vez que muitos não tem o hábito em casa.

  Oliveira (2005, p. 118) considera que:

“O processo de escolarização introduz a criança num ambiente no qual os saberes sobre a leitura são sistematizados. Esse processo deve possibilitar a decodificação e a compreensão dos mais variados textos. Durante os anos de aprendizagem, se não houver uma prática intensa, variada e gratificante, que seduza o aluno para o ato constante da leitura, seja dentro da escola ou fora dela, existe a possibilidade de que o desenvolvimento formativo de leitura não permita ao leitor ler, ir para além dos textos, a realidade social”.

  Como a maioria dos alunos provenientes de classes menos favorecidas não desenvolve o hábito da leitura em casa, a escola é que possibilita condições para este ato, desta forma muitos alunos têm dificuldade em concentrar-se na leitura e
desenvolver o hábito de ler.

    Os PCNs sugerem um trabalho voltado para a diversidade de gêneros textuais. Segundo os PCNs (Brasil, 2001, p. 54)
“A leitura tem sido objeto de ensino nas escolas e para que se torne em objeto de aprendizagem é preciso que a mesma faça sentido para o aluno, acrescenta ainda que: como se trata de uma prática social complexa, se a escola pretende converter a leitura em objeto de aprendizagem deve
preservar sua natureza e complexidade, sem descaracterizá-la. Isso significa trabalhar com a diversidade de textos e de combinação entre eles. Significa trabalhar com a diversidade de objetivos e modalidades que caracteriza a leitura, ou seja, os diferentes ‘para quês’...”.

  Então é possível, mas tem que existir um bom planejamento em relação a turma e ao ano correspondente. Nas escolas em que trabalho, vejo bem esta diferença, meus alunos da quinta-série adoram ler e trabalhar com textos, mas os da sexta, já relutam muito e os do Ensino Médio, é algo variável.
  Este ano realizei um trabalho muito legal com minha quinta-série. Inciei o trabalho com a leitura do texto da Eva Furnari - FUNGO. Li a história para eles, logo depois eles fizeram um desenho do Fungo e seus pais, só para depois eu mostrar as figuras. Logo que conheceram o personagem principal, eles mesmo quiseram escrever uma carta para o FUNGO e sairam muitos textos legais. Montamos uma exposição na escola e as turmas adoraram. Os alunos naquela semana, retiraram muitos livros da mesma autora, na biblioteca e todo encontro cada qual queria narrar seus encantamentos.
  Nesta Unidade, estou trabalhando o Avançando na Prática da pg 178. Começei com a leitura do texto da pg169 e partimos para muitas questões. Os alunos foram associando o texto aos personagens e fatos dos contos de fadas e histórias que eles já conheciam. Antes da produção, parti para exposição da caixa de leitura na sala. Coloquei muitas obras e eles tiveram uma HORA DA LEITURA, nossa! Foi muito legal, liam, reliam e trocavam entre si as obras. Depois relacionei os livros que eles levariam para casa e o engraçado é que muitos escolheram uma coleção chamada LER e SONHAR, que reúne muitas fábulas e contos de fadas num mesmo exemplar, então no nosso próximo encontro que foi dia 23/10/09, eles conversaram sobre as histórias. Logo eu entreguei para eles a história da CHAPEUZINHO VERMELHO POLITICAMENTE CORRETA. Foi um barato, foram perceberam pistas que não eram comuns ao conto tradicional. Neste momento paramos e conversamos sobre as versões que eles já conheciam e teve muitas. Então do mesmo livro CONTOS DE FADAS POLITICAMENTE CORRETOS, eu retirei a dos TRÊS PORQUINHOS e eles foram fazendo comentários sobre a política e a situação social do Brasil. Após eu trabalhei o Filme: Deu a louca na Branca de Neve, e as meninas foram as que mais interagiram. Na nova troca de livros, muitos ainda optaram pelos contos de fadas, mas alguns meninos pegaram Gibis e outros livros de ficção. No nosso último enconto, eles partiram para criação de novos contos de fadas, embasados no que eles já haviam trabalhado, criaram novas versões. Posteriormente ao rascunho, houve a troca e  os outros colegas leram e foram apontando algumas alterações para melhoria do texto. Só então foi passado a limpo os textos e mesmo assim, ficou algumas coisinhas..., pois muitos só perceberam erros, outros pontuação nos diálogos e outros conseguiram apontar falta de estrutura. Ficaram muito bons os textos.
  Os alunos além de pôr no papel suas histórias embasadas em contos já conhecidos, muitos modificaram o narrador da trama e transformaram seus textos com muita autoridade. Posso lembrar aqui um material semelhante que saiu na Revista Nova Escola, Nº 223, pg 76-78, que faz algo semelhante, REESCRITA COM PERSONAGEM-NARRADOR. A diferença aqui, é que eles puderam escolher entre livros lidos e o filme assistido.  Esta atividade do Avançando na Prática foi interligada ao Avançando do TP 1 pg 144. Segue foto:























































quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Unidade 23 - REVISÃO e EDIÇÃO

  Nesta Unidade podemos observar a importância de ESCREVER SEM PERDER DE VISTA O LEITOR, pois se caso o aluno desenvolva seu texto e por algum momento ele esqueça quem lerá seus textos e que a mãos irão, será necessário que no processo de revisão, esses pontos sejam apontados antes da Edição.
  Se o texto pretende convencer, focalizamos os argumentos; se o objetivo é enredar, chamamos a atenção para a forma como a trama foi construída; se queremos remeter o leitor ao passado, colocamos luz nos tempos verbais; se a intenção é persuadir alguém a visitar um lugar, indicamos os adjetivos. Ao fazermos essa análise, estamos detectando as pistas do texto e qual a melhor forma de expô-las. Nesse momento, é importante que meu aluno consiga enxergar tais pistas e faça o mapeamento necessário para melhoria de suas escritas.
  Esse papel pode ser desempenhado por um colega ou inicialmente, pelo professor, quando este ajuda o aluno a rever e aprimorar o texto. Isso chamamos de trabalho colaborativo, até chegar ao ponto do próprio autor ser capaz de fazer sozinho essa ação antes da publicação. É importante também lembrar do acabamento estético - verificar o sentido que a voz do autor causará em que lê, pois ao ser lido, o texto cumpre sua função social, atingindo sua finalidade, conferir autonomia e prestígio a quem escreve.

  Acho importante para uma escrita saudável, a leitura em sala de aula, pois os alunos tem muita relutância em ler. Quando surge uma atividade de leitura é um "brigueiro" só. Mas acredito que um bom leitor, desenvolve melhor seu ato de escrita e uma boa alternativa, é provocar está leitura com as escritas dos outros colegas.

A leitura em qualquer modalidade tem uma função social, que deve ser valorizada e não ser relegada como atividade secundária. É preciso permitir que todos leiam e interajam com o que leem como diz Cagliari: “A leitura deveria ser a maior herança legada pela escola aos alunos, pois ela, e não a escrita, será a fonte perene da educação, com ou sem escola” (2005, p. 173).

  Assim, o aluno que lê frequentemente, desenvolve melhor seus argumentos e consequentemente irá escrever com mais segurança.

RELATO DE MINHA CURSISTA SHEILA:

O PROCESSO DE PRODUÇÃO TEXTUAL: REVISÃO E EDIÇÃO

A revisão textual é fator importante após a primeira construção de texto. Nesse momento, o autor deve considerar o objetivo do texto, para quem o texto foi escrito, se o assunto está coerente ao proposto e analisar a sequência de idéias (se estabelece ligação entre si, deixando-o coeso).
É neste momento de revisão em que o autor deve ler e analisar o seu texto com um olhar crítico, observando o objetivo que se quer alcançar, a estrutura textual e se foi estabelecido sentido às idéias. É preciso “ler com outros olhos”, com “olhar de leitor”, revendo possíveis falhas quanto à clareza ou algo que não é suficiente e então passar por um processo de re-elaboração textual, passando para a composição final, fazendo os reajustes finais visando o polimento dos aspectos de coerência e coesão, a pontuação e ortografia.
Vale lembrar que os nossos alunos não realizam esse processo de revisão textual em sala de aula. Por este motivo muitas vezes, acabam fugindo do objetivo do texto. Se pelo menos lessem os textos que produzem, já teriam melhores resultados. Outro aspecto a ser lembrado é que o aluno precisa ter em mente qual é o público-alvo de seu texto, fica muito mais fácil produzir um texto sabendo quem o lerá. Segundo a Revista Nova Escola – setembro 2009, “saber que é preciso ter um destinatário para qualquer produção textual é fundamental para o sucesso do trabalho.”

O GESTAR TOMANDO NOVAS DIMENSÕES...





Estas três fotos acima, são o trabalho das RECEITAS PARA UM MUNDO MELHOR, desenvolvido na Disciplina de Ensino Religioso, aplicado pela professora Sheila. Vejam que material rico e elaborado pelos alunos com todo carinho e dedicação.

Esta quarta foto, é o trabalho com as RECEITAS nas turmas do 1º Ano do Ensino Médio, turma que a Professora Sheila está realizando o seu estágio. Saíram igualmente trabalhos ótimos.



E estas duas últimas, são os textos criados pelos alunos da 7ª série da Professora Fabiana. Foi o Avançando na Prática do TP6, Unidade 22. Aquela que eles tanto reclamaram, imaginem se não tivessem reclamado, teriam feito um livro, rsrsrsrsrs!!!!!

terça-feira, 27 de outubro de 2009

23/10/2009 - OFICINA Nº 11





Obs.: Foi uma correria, pois eu estava aprendendo como fazer minha máquina tirar foto sozinha, eu correia pra lá e pra cá...Eta lasqueira!!!!!

  Após eu entregar o material cópia da Revista Nova Escola nº226, pg.90-92, notamos que na prática as coisas já não são tão simples assim: as meninas falaram da dificuldade da aplicação do Avançando na Prática, os alunos da 5ª e 7ª, reclamaram muito da atividade, teve muitos argumentos contras. Para a 5ª série se fez uma adaptação da atividade da pg87 e não da pg91. E na 7ª, não foi realizado o item 4 do avançando. As meninas induziram com algumas questões: Qual a idade em que estavam?, quando foi?, o que ocorreu?, como ocorreu?, etc. Foi solicitado também para eles, listarem o que foi mais importante e neste momento, as contradições eram: para que listar se nós já soubemos..., para que enrolar tanto... Então a maioria queria escrever direto e não realizar a etapa do PLANEJAMENTO.  Começamos então a refletir em cima do seguinte tema:

"  TRABALHAR ESCRITA E LEITURA COM OS ALUNOS, EXIGE PACIÊNCIA, DISPOSIÇÃO E REFLEXÃO."

  Se fossemos fazer o que eles realmente queriam, iríamos usar a atividade com o texto, para um pretexto, não iríamos por em prática as etapas que são necessárias no trabalho com produção e talvez por isto, a relutância de nossos alunos. Muitos provavelmente, se não todos, já foram acostumados com tal "queima" de etapas. É necessário provocar reflexões, discussões, para criar a base da argumentação. Quando nossos alunos perceberem que estes procedimentos realmente são válidos, eles notarão que a escrita torna-se muito mais fácil.
  Muitas vezes a redação escolar fica restrita à sala de aula, tem como objetivo cumprir uma tarefa, destina-se exclusivamente ao professor. Assim, é um texto marcado pela precariedade dialógica, que pouco contribui para que o aluno atribua à escrita um sentido social e para que ele compreenda a necessidade e as possibilidades de selecionar e organizar conteúdos, definir um gênero, escolher um estilo de linguagem.

  " SABER QUE É PRECISO TER UM DESTINATÁRIO PARA QUALQUER PRODUÇÃO TEXTUAL É FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO DO TRABALHO." ( Celia Díaz Argüero )

  Achamos importante também, já fazer um gancho com a Unidade 23, que é o processo de REVISÃO e EDIÇÃO, pois estes processos não são fáceis, geralmente o aluno tem uma barreira muito forte em relação ao outro colega, não quer que os outros leiam seus trabalhos, mas gostam de ler e apontar erros dos outros. Retomamos novamente a pg 90 da reportagem da Nova Escola, em que diz que: " para que todos os procedimentos que visam o aprimoramento do texto possam ser feitos pelo estudante com competência e autonomia, é preciso trabalhar em grupo, em duplas e individualmente. No processo coletivo, a turma deve se debruçar sobre um textp produzido por um dos alunos e apontar o que precisa ser repensado, como palavras repetidas, termos incoerentes e mudanças na posição do narrador. É papel do professor dar alternativas, além de trazer à tona questões já analisadas, caso os alunos não consigam enxergar facilmente os problemas e apontar soluções satisfatórias."
  Agora fica mais fácil, perceber que o PLANEJAMENTO é fundamental antes de se começar a produção; o aluno apontando ideias antecipadamente, para somente depois escrever. Quando se realizar todas as etapas previstas antes da EDIÇÃO, importante não esquecer que é necessário uma SOCIALIZAÇÃO final.

  Partindo para a realização da atividade da OFICINA, seguimos os seguintes critérios de PLANEJAMENTO:
- O que ele irá fazer em relação ao barulho e ao pedido da mulher?;
- Como chegar nos representantes da Escola de Samba?;
- Haveria uma forma de ignorar o barulho?;
- A alternativa não seria juntar-se a eles, uma vez que existe o velho ditado: " se não pode com eles, junta-se a eles".

  Nosso texto ficou assim:
  - Mas como querida? Com quem eu vou falar lá naquela bagunça?
  - Ora! Você não é o Homem desta casa?! Decida você!
  - Tudo bem, eu vou colocar uma roupa e vou até lá ver como me recebem.
  Chegando no ensaio, o homem viu um grande alvoroço e muita mulher bonita e samba no pé. Ficou enlouquecido e quando deu por si, já estava bebendo e agarrado em uma bela mulata.
  Passado já algumas horas, chega esbravejante a esposa e depara-se com aquela cena: marido dançando na maior empolgação e quando ela foi reclamar, de súbito, foi enlaçada por um pagodeiro, que no entusiasmo, deslizou para o meio do salão.
  Quase já ao amanhecer, marido e mulher encontram-se, suados, felizes e relaxados, beijando-se no embalo do "tica-tica-bum".


Socializando o Conhecimento – Unidade 23 ( Cursista Fabi )
O processo de produção textual:
revisão e edição
O estudo da Unidade 23 nos mostra de forma clara que a revisão é uma das etapas da produção que requer mais esforço para ser aprendida e utilizada. O ensino e a aprendizagem do processo de revisão requerem uma pratica de estratégias de releitura, reflexão e do afastamento do escritor de seu próprio texto. Para tanto, é preciso visar a construção de um texto que atinja seus objetivos, considerando o gênero, o suporte, os possíveis leitores e a assunto. Já no processo de edição, a pratica está ligada a verificação de uma ultima lista de elementos antes da finalização do texto.
A unidade em estudo busca:
Identificar parâmetros de avaliação e ações necessários ao desenvolvimento da etapa de revisão.
Identificar os elementos necessários ao desenvolvimento da etapa de edição.
Produzir atividades de revisão e de edição da escrita para seus alunos.
Para complementar o estudo da Unidade 23 encontrei um material maravilhoso no site da Revista Nova Escola. (http://revistaescola.abril.com.br/producao-de-texto/revisao-alem-ortografia.shtml
O objetivo do aluno ao fazer a revisão de texto é conseguir que ele comunique bem suas ideias e se ajuste ao gênero. Isso tem de ser feito tanto durante a produção como ao fim dela.

Produzir textos é um processo que envolve diferentes etapas: planejar, escrever, revisar e re-escrever. Esses comportamentos escritores são os conteúdos fundamentais da produção escrita. A revisão não consiste em corrigir apenas erros ortográficos e gramaticais, como se fazia antes, mas cuidar para que o texto cumpra sua finalidade comunicativa. “Deve-se olhar para a produção dos estudantes e identificar o que provoca estranhamento no leitor dentro dos usos sociais que ela terá”, expressa Fernanda Liberali.
A revisão em processo e a final são passos fundamentais para conseguir de fato uma boa escrita. Nesse sentido, a maneira como você escreve e revisa no quadro-negro, por exemplo, pode colaborar para que a criança o tome como modelo e se familiarize com o procedimento.
“Os bons escritores adultos (...) são pessoas que pensam sobre o que vão escrever, colocam em palavras e voltam sobre o já produzido para julgar sua adequação. Mas, acima de tudo, não realizam as três ações (planejar, escrever e revisar) de maneira sucessiva: vão e voltam de umas a outras, desenvolvendo um complexo processo de transformação de seus conhecimentos em um texto”. Mirta Castedo

A seção 1 busca apresentar a noção de que um texto é constituído em um processo. Este, geralmente, é iniciado por uma preparação que inclui atividades de pesquisa de materiais e conteúdos sobre o tema e de leitura, compreensão e interpretação de textos que subsidiam as etapas de planejamento e escrita.
Durante a revisão, o escritor lê o rascunho, podendo reescrevê-lo ate avaliar que o texto está bom para ser lido por outra pessoa. A finalidade desta etapa é criar um distanciamento entre autor e seu texto. É o momento em que o autor tenta colocar-se no lugar do leitor, do interlocutor; e as releituras necessárias dependem da representação que o escritor tem de seu texto, de seu objetivo, sua finalidade, da audiência e do suporte, focando os processos de coerência e coesão textuais.
A seção 2 aponta que a construção da escrita por cada criança e adolescente ou aprendiz depende da representação que fazem das diferentes funções que a oralidade e a escrita exercem em nossa cultura.
O autor tem que aprender a dialogar com o próprio texto, internalizar, modelar de forma variada as questões que possam surgir a partir da leitura de seu texto, aprendendo a antecipar questões e tentando resolvê-las para que seu texto não cause problemas de compreensão.
Escrever para que alguém entenda, ou seja, para se comunicar com alguém, depende do desenvolvimento das etapas de revisão e edição. Escrever um texto mais extenso e completo em termos de informação, seguindo as convenções da escrita, é uma elaboração diferente daquela da fala, sobretudo no que diz respeito á formulação e reformulação do texto, dependendo do desenvolvimento de estratégias e procedimentos de produção textual. Este aprendizado é que vai diferenciando o escritor iniciante do experiente.
A última seção desta unidade contempla a revisão e edição da escrita. Para tanto, é importante considerarmos as habilidades e o desenvolvimento da atividade de produção textual, como atividades de modificação de textos existentes, de introdução e finalização, de contemplação e omissão de informações, de acordo com as necessidades e objetivos da situação sócio-comunicativa e das etapas da revisão e edição.

“Para transformar a escrita do aluno, é importante que as aulas de português contemplem as práticas de leitura e escrita que oportunizem a construção do conhecimento do uso e das funções da escrita. A escola é o lugar da reflexão e da transformação dessas práticas.” TP6 – pág.:140



Avançando na Prática (ADAPTADA) - FABI
Unidade 23


Antes mesmo de estar realizando o Gestar, já tinha uma grande preocupação em desenvolver a leitura e a escrita em sala de aula através da realização de atividades que contemplam os diferentes gêneros textuais.
No início do ano resolvi trabalhar o uso das gírias no cotidiano, pois ao iniciar minha prática docente percebi que o uso de gírias pelos alunos era constante.
Iniciei a atividade com a leitura do texto “O que está na boca da galera?” escrito por alunos adolescentes e publicado em uma revista. Ele começa com um título bastante sugestivo que logo aguça a curiosidade dos alunos. Após a leitura discutimos o texto mediante depoimentos dos alunos e opiniões. Em seguida partimos para a interpretação e compreensão do texto, apreciação de imagens e compreensão das mesmas e, por último coloquei no quadro o título do texto e solicitei que identificassem uma palavra própria da linguagem coloquial dos jovens, ou seja, uma gíria e seu significado.
Diante da identificação da palavra “galera” e do seu significado “turma” partimos para a definição de gíria e concluímos:
“Gíria é uma espécie de código, criado por determinados grupos para a sua identificação. É uma linguagem própria, que tem como intuito impedir a sua compreensão por pessoas que não pertencem a esses grupos”.
E com o conceito definido, os alunos realizaram diversas atividades, entre elas a identificação de gírias em tirinhas, fragmentos de textos e para concluir a atividade realizaram a produção de um dicionário de gírias seguindo algumas orientações:

 Formação de grupos, no máximo 5 alunos;
 Levantar o maior número possível de gírias que vocês conheçam;
 Escrever o significado de cada uma delas;
 Elaborar frases exemplificando o seu emprego;
 Organizar as gírias em ordem alfabética;
 Produzir uma capa e uma apresentação para o dicionário;
 Escrever na capa um título e o nome dos autores.
 Organizar uma forma de apresentação para os colegas e professor.

Os dicionários produzidos pela turma foram expostos na Feira do Livro do Município de Glorinha e outras pessoas tiveram a oportunidade de conhecer e se divertir com o trabalho realizado pela turma da 7ª série.

Os dicionários ficaram ótimos !!!


  Após a leitura e concordância das meninas, relatamos que foi importante seguir a sequência do planejamento, para que não fugíssemos das ideias do texto. Logo partimos para a prévia discussão das Unidades 23 e 24 e vou aplicar a Unidade 24, pg201 com meus alunos.
 

Unidade 22 - PRODUÇÃO TEXTUAL: planejamento e escrita

  Para iniciar os comentários sobre esta Unidade, encontrei alguns trechos importantes e muito significativos:

" [...] o texto não funciona autonomamente, posto que depende da ação de quem o produz, e também de quem o recebe, ou seja, não traz em si todos os detalhes de sua interpretação. Em outras palavras, o texto funciona como o fio condutor que liga tenuemente o escritor ao leitor, permitindo a interação entre eles em uma situação comunicativa concreta." ( Delaine Cafieiro. A construção da continuidade temática por crianças e adultos: compreensão de descrições definidas e de anáforas associativas. Instituto dos Estudos da Linguagem da Unicamp, 2002, p.31. Tese de doutorado ).
" Eu sei escrever. Escrevo cartas, bilhetes, lista de compras, composição escolar narrando o belo passeio à fazenda da vovó que nunca existiu porque ela era pobre como Jó. ( Adélia Prado. Com licença poética. Antologia. Lisboa, Livros Cotovia, 2003 ).
  Estas citações nos deixam bem claro que para escrever, é preciso existir um ponto de partida e um ponto de chegada. É preciso que nós professores compreendamos que nosso aluno precisa perceber um objetivo e um siginificado para aquela atividade, que não seja apenas a de ser " corrigida pelo professor ".
  No início desta Unidade já é comentado isto e também que é necessário o incentivo a capacidade de auto-reflexão de cada um dos alunos envolvidos, o trabalho em grupo, a abertura para a percepção das necessidades do leitor provável e também a criatividade e autonomia na escrita de textos diversos. ( pg.73)
  Como ressalta Roxane Roxo: " O desafio do ensino de língua materna hoje é de iniciar na cultura escrita todos os alunos de quaisquer origens culturais, fazendo com que tomem consciência do valor fundador para suas identidades do mundo dos escritos, para que esses concordem em aprender".

  Assim, a produção textual deve fazer sentido para o aluno. Os textos devem estar o mais próximo possível de situações verdadeiras, desta forma, será ao mesmo tempo, um objeto de ensino aprendizagem e a materialização de uma prática autêntica de linguagem. O aluno saberá assim quem são os seus interlocutores, terá clareza do contexto da situação comunicativa: quem escreve, com a intenção, qual o genêro textual mais adequado, o que se tem a dizer, quem vai ler o texto e finalmente, onde será publicado e este último item é fundamental, a escola não pode pular ou queimar etapas. O textoque meu aluno produzir, deve ser escrito, lido, relido, lapidado, para que o texto cumpra a intenção a que se propõe: emocionar, convencer, prescrever, enredar etc.
  Meu aluno quando entender o que está fazendo, ele tomará um " estilo próprio ", ou seja, passará a ser "dono" de sua escrita.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

MATERIAL PARA O ENCONTRO DE 23/10/2009

Para a Oficina nrº11, separei um material para levar, acho que é bem pertinente com o tema das Unidades 21 e 22 - PRODUÇÃO TEXTUAL, REVISÃO e EDIÇÃO. O material que segue é da Revista Nova Escola - Outubro/09, pgs.90-92.

Hora de aperfeiçoar
Textos de qualidade precisam passar por diferentes revisões. Pontuação e coerência estão entre os pontos a serem abordados durante a produção
BEATRIZ SANTOMAU RO bsantomauro@abriLcom.br

Foi-se o tempo em que corrigir na escola significava apenas uma caça a erros ortográflcos e de pontuação nos textos dos alunos feita pelo professor. Ainda bem! Hoje, sabe-se da importância de desenvolver comportamentos escritores e o processo de revisão se inclui aí. Por isso, ele também deve ser direcionado para os pontos que colaboram com os aspectos discursivos, como clareza e coerência na hora de contar uma história, e ser feito sempre com a participação das crianças. “Elas precisam fazer uma leitura crítica do próprio material’ diz Liamara Salamani, coordenadora pedagógica do Colégio Santo Américo, em São Paulo.
É importante desconstruir em sala o mito de que revisar é uma etapa final da produção. Em sua tese de doutorado, Pro- cesos de Revisión de Textos en Situación Di dáctica de intercambio entre Pares, a pes quisadora argentina Mirta Castedo ressalta que “os bons escritores não realizam as ações de planejar, escrever e revisar de maneira sucessiva, mas vão e voltam de uma a outra. Eles escrevem partes, releem e modificam, detectam expressões incompreensíveis e corrigem erros".

Como iluminar os aspectos que precisam ser revistos

Para que todos os procedimentos que visam o aprimoramento do texto possam ser feitos pelo estudante com competência e autonomia, é preciso trabalhar em grupo, em duplas e individualmente . No processo coletivo, a turma deve se desbruçar sobre um texto produzido por um dos alunos e apontar o que precisa ser repensado, como palavras repetidas, termos incoerentes e mudanças na posição do narrador. É natural que, às vezes, a garotada não identifique à primeira vista os problemas e as soluções satisfatórias. É papel do professor dar alternativas, além de trazer à tona questões já analisadas.
Ao trabaJhar em duplas, revisando o texto de outro colega, as crianças exercitam o poder de argumentação a fim de fazer o autor mudar suas escolhas. Esse é um momento rico para avaliar como cada uma delas defende seu posicionamento e explica suas opiniões.
Lembre-se de que, em qualquer situação, a revisão fica mais proveitosa se um aspecto for ressaltado de cada vez. O excesso certamente confundirá a turma!

Revisar sempre para ser um leitor competente

O ato de rever o que foi feito durante a produção deve permear todos os anos da escola. O que muda é a abordagem do professor e os conteúdos destacados. “O esperado é que os textos estejam mais avançados com o passar do tempo. Por isso, é importante saber o que os alunos já aprenderam e o que deve ser considerado dali em diante”, explica Liamara.
E o processo tem de ser estendido, pois um escritor que sabe o que precisa ser alterado em seus textos ou de terceiros passa a ser um leitor mais exigente.

sábado, 17 de outubro de 2009

16/09/2009 - OFICINA Nº 10


Obs.: Este material foram produzidos pelos alunos de Sheila, na atividade da HQ sequencial.

  Nosso encontro começou de um modo um pouco diferente, minha cursista Sheila surpreendeu-nos com um ótimo material de sugestão de atividades e ficamos bem felizes com as atividades. Logo retomamos nossas anotações das Unidades 19 e 20 e falamos sobre o Avançando na Prática da pg196 do TP5. Notamos que os alunos tiveram muita dificuldade para refle-tirem sobre as Relações Lógicas, eles queriam era produzir logo e não refletir. Quando lhes foi entregue as cartas para a realização da montagem da sequência lógica da HQ, a rapidez foi tremenda, mas a atenção muito pouca por alguns. Depois de pronta a atividade e apresentada para o grande grupo, é que eles perceberam que tinham que ter mais atenção para achar as pistas. O engraçado é que achamos que com as séries finais, 7ª e 8ª, as atividades aconteceram de forma mais tranquila, deu impressão de estarem mais preparados.
  Na sequência da oficina, coloquei sobre a mesa os seguintes objetos: rapadura, agenda, caneta e pedi para que elas criassem uma propaganda, e então, descobrimos que a cursista Fabi estava de dieta e detestou a ideia de ter sobre a mesa uma rapadura e é claro que minha cursista Sheila escolheu este objeto para a elaboração do texto. Que sacanagem com a menina hein?!
  Primeiramente analisamos o exemplo fornecido no TP e somente depois de bastante discussão, é que partiram para a escrita. O texto ficou assim:
  "Você nunca mais vai sentir um sabor igual: cocadinha macia e com um toque suave de chocolate. Este aroma e sabor, irá embora para sempre, sairá de vez deste pacote, pois você não consegue parar de me devorar. 
  Despedidas de uma Rapadura." 

  Só para lembrar que quem comeu a rapadura foi a Sheila
  Nosso grupo teve uma opinião unânine, nós achamos as atividades do TP5 maravilhosas, mas para um público de séries maiores, pois no avançando na Prática, notamos falta de maturidade nos alunos da 5ª, eles tiveram muitas dificuldades de achar as pistas, fazer as relações de mapeamento.
  Após a finalização da Oficina, partimos para o TP6 e ficamos um pouco apreensivas com o tempo, pois fai ficar apertado para terminarmos todos os TP´S.
  Na Unidade 21, minha cursista Sheila lembrou de uma reportagem da Revista Nova Escola - Guia, que remete exatamente ao tema desta Unidade. O uso da linguagem como meio argumentativo, estabelecendo uma interação com o outro e buscando o fazer social. A importância do aluno saber: Como? Por quê? Pra quem? é que ele irá escrever.
  Percebe-se também a necessidade de busca pelo mapeamento, conhecimento prévio de mundo do meu aluno, mas num primeiro momento, coletivamente, para somente depois, partir para o individual. Temos que ter consciência que os efeitos de sentido se constrói no coletivo.
  Algo veio à tona na lembrança, quando propomos para os alunos uma produção escrita, é muito engraçado, que inicialmente eles relutam por começar, dizem que não sabem fazer e nem o que escrever, mas depois que iniciam, flui normalmente. Então percebesse a dificuldade de argumentação, ter o que escrever, mas depois do processo iniciado, surge uma fruição nas ideias e isso é quase sempre e independente das series. Com essa modalidade que aderimos entre nós professoras de Português do Gestar em Glorinha, a troca de produção entre os alunos de nossas escolas, parece que o processo da escrita está mais prazeroso, pois os alunos sabem melhor o que argumentar e como fazer quando sabem a quem o texto se dirige.
  Outro fato muito importante, é o tipo de argumento e o "peso" que pode representar. Realizei com uma de minhas turmas, um julgamento, com direito a réu, defesa, acusação, juíz e testemunhas, foi excelente. Os alunos tiveram que baseados na tese que apresentei, incorporar diferentes personagens e adotar os argumentos condizentes com o papel que estavam representando. A aula deu o que falar. Foi muito bom e melhor ainda, eles conseguiram adaptar seus discursos, de forma natural, sem necessidade de eu induzi-los a tal atitude.

  RELATO DE MINHA CURSISTA FABI:

SOCIALIZANDO O CONHECIMENTO – UNIDADE 21
ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM


A Unidade 21 focaliza o estudo da língua e linguagem como nossa existência de seres humanos é moldada pela nossa capacidade de agir pela linguagem e diante desta perspectiva sabemos que COMUNICAR não significa apenas enviar uma mensagem e fazer com que nosso ouvinte/leitor a receba e a compreenda. Podemos dizer que nós nos valemos da linguagem não apenas para transmitir ideias, informações. São muito frequentes às vezes em que tomamos a palavra para fazer com que nosso ouvinte/leitor aceite o que estamos expressando (e não apenas compreenda); que creia ou faça o que está sendo dito ou proposto.
COMUNICAR não é, pois, apenas um fazer saber, mas também um fazer crer, um fazer. Nesse sentido, a língua não é apenas um instrumento de comunicação; ela é também um instrumento de ação, isto é, uma estratégia que visa a convencer, a persuadir, a aceitar, a fazer crer, a mudar de opinião, a levar a uma determinada ação.
Portanto, todo o uso da linguagem é argumentativo, pois estabelece uma interação com o outro, uma relação de fazer social. E toda linguagem é um processo sempre em movimento, por isso em qualquer processo de comunicação é preciso que o aluno saiba: Como? Por quê? Para quem? ele estará transmitindo uma mensagem, seja ela escrita ou falada. Assim sendo, talvez não se caracterizaria em exagero afirmarmos que falar e escrever é argumentar.
Um texto argumentativo tem como finalidade convencer o leitor com clareza do seu objetivo. Não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos. É preciso ter conhecimento do assunto para poder argumentar e defender seu ponto de vista.
O estudo desta Unidade busca contribuir para a compreensão do fenômeno da linguagem, na sua dimensão argumentativa, e para a sistematização de recursos linguísticos que tecem um texto argumentativo, visando aos seguintes objetivos:
1. Identificar marcas de argumentatividade na organização dos textos;
2. Identificar e analisar diferentes tipos de argumentos que sustentam uma argumentação textual;
3. Reconhecer a qualidade da argumentação textual.

Diante do estudo dos tipos textuais, a propósito do tipo argumentativo, que, ao considerarmos a linguagem como uma forma de trabalho cultural, estamos considerando que toda manifestação linguística é também basicamente argumentativa. Ou seja: sempre que utilizamos a linguagem, estaremos alterando – ou querendo alterar – as crenças dos interlocutores, implicitamente querendo convencê-los de nossas ideias.
É importante salientar que todo ato de linguagem objetiva produz efeito e de sentido, que podem ser concretizados em ações ou em mudança/reforço de opiniões.
Quando temos consciência de que o objetivo maior ao produzir um texto é fazer o leitor/ouvinte crer em alguma de nossas ideias, classificamos esse texto como argumentativo. Nesse texto, a ideia principal para a qual buscamos a adesão do leitor/ouvinte, o objetivo de convencimento do leitor/ouvinte, constitui a tese. Cada motivo ou razão que damos para comprovar a tese é chamado de argumento.
Argumentos baseados no senso comum, ou no consenso, são verdades aceitas culturalmente, sem necessidade de comprovação, isto é toda dúvida ou questionamento resiste a uma boa argumentação. Uma boa argumentação depende, primeiramente, da clareza do objetivo (da tese a comprovar); e depois, da solidariedade entre os argumentos: todos devem conduzir para o mesmo objetivo.
Como argumentar é firmar uma posição diante de um problema, um compromisso com a informação e o conhecimento, não é possível construir uma boa argumentação com argumentos fracos, falsos ou incoerentes.
Uma argumentação é considerada inadequada ou defeituosa quando não dá condições para que os objetivos sejam atingidos. Há várias razões para isso acontecer: podem ser razões ligadas à incompreensão, ou não-aceitação, do interlocutor; podem ser razões ligadas ao desenvolvimento do texto, ou mesmo razões relacionadas à não-correspondência entre os argumentos e o “mundo real”.
Em suma, encontramos, na escolha dos argumentos, vários níveis de adequação e vários níveis de inadequação quanto à demonstração da tese pretendida: os sentidos globais do texto e o objetivo da argumentação é que definem sua qualidade.



RELATO DE MINHA CURSISTA SHEILA:

UNIDADE 20 – 16/10/09

  Dedicamos este momento para exposição de observações sobre os temas e atividades das unidades 19 e 20. Levei umas sugestões de atividades com HQ e transposição de gênero textual: Receita de energético para o dia das crianças, Zero Hora, 11 out. 2009, para as minhas colegas (acho que elas gostaram). Em seguida, a formadora Sabrina teceu seus comentários sobre o Avançando na Prática da p.196 do TP5. Relatou que os alunos ficaram entusiasmados com a atividade inicial que nem se deram conta que deveriam ser mais atentos na realização do trabalho, queriam logo fazer e só perceberam que deveriam ter se concentrado mais quando apresentaram o trabalho para o grande grupo, aí observaram que para acharem as pistas para a realização do trabalho deveriam ter feito com mais calma. As atividades com as séries finais foi mais tranqüila, pois entendemos que eles já estão mais preparados por já terem trabalhado mais os conteúdos envolvidos.
  Na proposta de atividade da parte 3 da oficina, a professora Sabrina colocou sobre a mesa: caneta, agenda, rapadura, DVD e bolachas. Tivemos que criar uma propaganda sobre um dos itens que estavam sobre a mesa. Achei legal e logo escolhi a rapadura, até porque não poderia deixar de fazer uma propaganda de um produto da minha terra, me criei em meio à fabricação de rapaduras. Entretanto, minha colega Fabiana não gostou muito da ideia, pois disse estar de dieta. Mas não teve problema, eu quebrei a dieta por ela (rsrsrs), só que não comi toda a rapadura não, só uns pedacinhos.
  Analisamos a propaganda de exemplo do TP e criamos a nossa:
"Você nunca mais vai sentir um sabor igual: cocadinha macia e com um toque suave de chocolate. Este aroma e sabor irá embora para sempre, sairá de vez deste pacote, pois você não consegue parar de devorar-me .
  Despedidas de uma Rapadura."
  Conversamos sobre as atividades dos TP5 e todas achamos que são atividades extremamente boas para turmas de séries finais, por eles já estarem mais preparados e terem mais experiência para a realização dos trabalhos. Os alunos menores tiveram dificuldades para fazer o mapeamento do texto, de encontrar pistas.
  Para finalizar a oficina, discutimos um pouco sobre o TP6. Estamos preocupadas com o pouco tempo que nos resta para explorarmos todos os TPs.
  Na unidade 21, lembrei de uma reportagem da Revista Nova Escola – setembro 2009 - que vem de encontro com o conteúdo desta unidade, que expõe a importância do aluno saber para que público irá escrever, estabelecendo uma interação com o outro e buscando o fazer social.

UNIDADE 21
ARGUMENTAÇÃO E LINGUAGEM

Para produzir um texto argumentativo é preciso antecipadamente buscar o fazer coletivo, o mapeamento das idéias, a busca do conhecimento prévio para adquirir subsídios (argumentos) para a produção individual. Fica muito mais fácil escrever sobre um assunto que se conhece.
O objetivo principal do texto argumentativo é levar o leitor/ouvinte a se convencer das idéias argumentadas no texto. E então, constitui-se a tese. O argumento é um dos motivos ou razões para a comprovação da tese.
Um texto argumentativo bem produzido deve estar bem argumentado para que o objetivo do texto seja alcançado: persuadir o leitor a favor da veracidade da tese.
Os argumentos precisam estar coerentes e todos devem seguir um mesmo objetivo. Não é possível produzir um bom texto argumentativo com argumentos fracos, falsos e incoerentes. O autor precisa explicitar seu ponto de vista e levar o leitor/ouvinte a crer naquilo que o autor acredita. Não há dúvida que resista a uma boa fundamentação.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

UNIDADE 20 - RELATO e AVANÇANDO NA PRÁTICA

  Esta Unidade é exatamente a união da coerência e da coesão, adicionada as pistas para se chegar a uma real compreensão do texto lido. Lembrei de uma atividade que faço com meus alunos, independente da série, só adapto, aumentando o grau de dificuldade, que é retirar palavras do texto e jogá-las para um banco de palavras e os alunos devem ler o texto e observar as pistas: tempo, espaço, sinônimos, cores, objetos..., para poderem ir encaixando as palavras que foram retiradas, até ter um texto completo e lógico. Esta atividade geralmente faz eles enlouquecerem, pois alguns vão logo querendo preencher os espaços em branco e acabam faltando palavras ou ficando completamente sem lógica o texto, outros já vão anexando as palavras mais “óbvias” e deixam as mais complexas para o final. Eu observo neste exercício, a dificuldade que muitos alunos tem de achar as pistas dos textos, as relações lógicas. Neste momento a importância dos elos coesivos e do conhecimento de mundo de meu aluno, para que possa de forma mais eficaz, construir logo seu texto.
  Os exercícios desta Unidade são bem deste tipo, ou procuram instigar os conhecimentos prévios do leitor, ou exatamente buscar a atenção e a observação, o raciocínio lógico e isso é “desacomodante”. Existem muitos alunos que não gostam de ter que refletir um pouco e acabam ficando agitados ou agressivos e eu vivenciei isso em sala de aula.
Realizei a atividade com minha turma de 5ª Série e na turma grande parte dos alunos adoraram o exercício, mas alguns acabaram se irritando por não terem paciência de “testar”, pensar, refazer... Iniciei com uma HQ da Eva Furnari – A bruxinha atrapalhada, que continha apenas imagens. Ampliei os quadrinhos e recortei para todos os grupos, eles tinham que localizar as pistas para dar sequência lógica para a História e colocá-la na ordem. A maioria se saiu bem, eles trabalharam em grupos de 4 e alguns grupos terminaram mais rápido e outros erraram a seqüência. Conversamos sobre os resultados, cada grupo montou a HQ num papel pardo e apresentou para os demais o que tinha pensado e porque decidiram por tal posição.
  Depois passei para o texto escrito, entregando para os grupos um texto adaptado para o Avançando na Prática da pg.197. Era um texto bem pequeno, com parágrafos curtos e repleto de cores, objetos e sinônimos, eles deveriam encaixar as palavras que estavam faltando. Nesta atividade eles levaram um pouco mais de tempo, mas notei que observaram mais, talvez pelo resultado da primeira atividade. Seguiram o mesmo procedimento, montaram o texto de forma coletiva e depois   eu realizei a leitura e eles é que foram falando às palavras que deveriam ser ditas na ordem correta.
  Não encontrei muitos atritos, foi uma atividade instigante. É importante que os alunos percebam que todo texto deve ser objetivo, claro e sem excesso de informações, para evitar diferentes interpretações.

Unidade 19 - COESÃO TEXTUAL

  Para reflexão, segue a seguinte frase:

  " DEVE EXISTIR UMA FORMA DE AVALIAR OS CANDIDATOS; E ISSO NÃO É POSSÍVEL APENAS FAZENDO UMA PROVA, ONDE OS CANDIDATOS PODERIAM TALVEZ TER IDO MELHOR NO DIA SEGUINTE OU NO ANTERIOR POR QUESTÕES PSICOLÓGICAS, MENTAIS OU O QUE FOR".
 
  Acharam confuso? Que tal se ficasse assim:

  " Deve haver uma forma de avaliar os candidatos, mas isso não é possível com a aplicação de uma única prova, pois seu desempenho pode variar em dias diferentes, graças às condições psicológicas, por exemplo".

  Esta frase é um típico exemplo de texto com problema de COESÃO, pois um texto coeso, deve ser organizado por nexos lógicos adequados, com a sequência de ideias encadeadas logicamente, evitando frases e períodos desconexos. O texto deve ser intelígível, evitando ambiguidades e obscuridades. Assim, a frase antes de ser reescrita, estava confusa e obscura para o leitor, não estava bem escrita. Na Unidade em questão, fala em focalizar procedimentos linguísticos que permitem fazer, de um texto, um texto bem formado.
  Entendem-se por COESÃO os conjuntos de recursos linguísticos que, interligados, sustentam a construção da coerência textual. Devemos encontrar indicações que nos "conduzam" para uma continuidade de sentidos. Deve haver palavras ou termos que mostrem como devemos entender e interpretar o texto.
  A Coesão pode, portanto, ser considerada parceira da coerência nos objetivos de fazer um texto ter sentido, porque ela colabora para a interpretação de um texto, faz uma articulação do que vem antes e do que vem depois. São os elos, laços coesivos.
  As atividades desta unidade, mostram uma série de exemplos de textos: poemas, reportagens, propagandas, frases, músicas que nos fazem perceber este fio condutor da formação de sentido.
  Este tema eu costumo trabalhar muito com o meu Ensino Médio Noturno e as aulas são uma festa. Eles ficam enlouquecidos com este assunto de COESÃO e COERÊNCIA, porque dizem que é muito bom conseguir perceber que algo que eles achavam que estava "claro", não está tão bem escrito, dando margem e muitas outras interpertações. Gostam de trabalhar em cima de seus próprios textos produzidos e começam um olhar diferenciado sobre suas escritas e acabam percebendo que é possível uma reescritura para buscar melhor entendimento. Eu adoro quando isto acontece, porque eles ficam muito críticos e desenvolvem bem melhor a escrita e os argumentos.

  Agora, segue relato de minhas cursistas Fabi e Sheila, que conseguiram em lindas palavras, apontar as ideias principais desta Unidade, ou seja, "enlaçaram seus dizeres de tal modo, que de forma clara e sem obscuridade, conseguiram exemplificar a noção de COESÃO e COERÊNCIA":

FABI

SOCIALIZANDO O CONHECIMENTO – UNIDADE 19
COESÃO TEXTUAL


Antes de tudo é preciso saber que a coesão e coerência são chaves principais de qualquer texto, sem elas não vamos a lugar nenhum e é a partir deste conceito que a Unidade 19 busca analisar e sistematizar os meios segundo os quais um texto seja considerado bem formado, visando a três objetivos:

1. Identificar elementos linguísticos responsáveis pela continuidade de sentidos de um texto;
2. Analisar mecanismos de coesão referencial;
3. Analisar mecanismos de coesão referencial.

Vimos que um texto não é apenas amontoado de palavras ou uma sequência de frases, juntamente com a coerência, a coesão é a responsável por manter a continuidade significativa do texto.
A coesão textual é um mecanismo linguístico que articula as informações de um texto, relacionando sentenças com o que veio antes e com o que virá depois, no propósito comunicativo de, conjuntamente, tecer o texto.
Ou, dizendo de outro modo, coesão é um conjunto de recursos linguísticos que orientam a construção da continuidade de sentidos. Por isso, é fator de textualidade solidário à coerência.
A coesão textual é responsável pela ligação das ideias nos textos. Termos linguísticos que orientam como as informações devem ser organizadas são os elos ou laços coesivos, que compõem as cadeias coesivas.
A natureza gramatical de cada um desses elementos, os elos ou laços coesivos, é muito variada: podem ser simples morfemas, palavras, frases ou até orações inteiras; podem pertencer a diferentes classificações gramaticais. Podem se referir a outras palavras ou a conjuntos de idéias ou conceitos.
Observando os textos, é fácil perceber que em alguns casos temos textos de coesão bem organizada; em outros a coesão parece “mais frouxa”. Por isso, é importante reconhecer que a coesão não é uma condição necessária para que um texto seja um texto, embora isso não seja um caso muito comum. Quando temos poucas marcas de coesão – poucos elos coesivos – em um texto, nossa tendência é considerar a simples ordem das ideias como a sequência em que deve ser (re)construído o mundo textual.
A coesão é a manifestação linguística da coerência e se realiza nas relações entre elementos sucessivos (artigos, pronomes adjetivos, adjetivos em relação aos substantivos; formas verbais em relação aos sujeitos; tempos verbais nas relações espaços-temporais constitutivas do texto), na organização de períodos, de parágrafos, das partes do todo, como formadoras de uma cadeia de sentido capaz de apresentar e desenvolver um tema ou as unidades de um texto. Construída com os mecanismos gramaticais e lexicais, confere unidade formal ao texto.

“A coesão não nos revela a significação do texto, revela-nos a construção do texto enquanto edifícios semânticos.” M. Haliiday

A metáfora acima representa de forma bastante eficaz o sentido de coesão, assim como as partes que compõem a estrutura de um edifício devem estar bem conectadas, bem “amarradas”, as várias partes de uma frase devem se apresentar bem “amarradas”, para que o texto cumpra sua função primordial de veículo de articulação entre o autor e seu leitor.
Segundo Evanildo Bechara “o enunciado não se constrói com um amontoado de palavras e orações. Elas se organizam segundo princípios gerais de dependência e independência sintática e semântica, recobertos por unidades melódicas e rítmicas que sedimentam estes princípios”.
A coesão é essa “amarração” entre as várias partes do texto, ou seja, o entrelaçamento significativo entre declarações e sentenças. Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical e a gramatical.
A coesão lexical é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos e formas elididas. Já a coesão gramatical é conseguida a partir do emprego adequado de artigo, pronomes, adjetivo, determinados advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
Para que um texto apresente , devemos escrever de maneira que as ideias se liguem umas às outras, formando um fluxo lógico e contínuo. Quando um texto está coeso, temos a sensação de que sua leitura se dá com facilidade.



SHEILA


  Esta unidade trata do que é coesão textual. Um texto precisa de coesão para estar bem formado. Precisa de palavras ou termos que formam mecanismos através de articulações de sentidos de cada parte do texto ao sentido do todo.
  Junto com a coerência que estudamos na unidade anterior, a coesão é a responsável por manter a continuidade significativa do texto. Só com coerência e coesão o texto estabelece sentido completo. A coerência e a coesão dependem uma da outra dentro do texto. Só é possível interpretar um texto se ele estiver coerente e coeso.
  A coesão textual articula as informações de um texto, relacionando-as na sequência textual, formando um todo. É um mecanismo que dá subsídios para a continuidade da construção textual. É responsável por ligar as idéias no texto, através de termos lingüísticos (elos, laços coesivos) que orientam como as informações devem ser organizadas.
  Os elos coesivos são responsáveis pela retomada de idéias dentro de um texto e a coesão seqüencial estabelece o encadeamento das partes do texto e, além disso, os elementos da coesão seqüencial provocam expectativas de continuidade de sentidos no texto e dão pistas ao leitor/ouvinte sobre como devem ser interpretados esses sentidos.


09/10/2009 - OFINICA Nº9


 
A retomada era a seguinte: nos encontramos e os abraços foram muito satisfatórios. Entreguei para as cursistas uma pequena lembrança que eu comprei na UniRitter e começamos pelos assuntos mencionados no Gestar em POA. Falei do sucesso da apresentação dos Relatórios e de nossas práticas em sala de aula, elas ficaram muito felizes com os resultados.
 
  Logo eu entreguei um material para reflexão da Revista LP nº 19, uma reportagem de Marcos Bagno - O ABISMO DO PADRÃO. No artigo era apontado a ideia de Língua Padrão x Língua Coloquial. O assunto era bem pertinente com as Unidades que seriam exploradas e com o que foi falado no encontro em POA. As ideias foram sendo trazidas à tona e bem exploradas com nossas últimas vivências em sala de aula.
  Acho pertinente mencionar algumas citações:
  " A linguagem está sempre inserida em um diálogo constante com a vida social e cultural; dessa forma ela se torna viva, múltipla, porque marcada pelas vozes presentes nas interações sociais." ( Mikhail Bakhtin )
  Também para Sírio Possenti, " O que o aluno produz reflete o que ele sabe ( Gramática internalizada ). A comparação sem preconceito das formas é uma tarefa da gramática descritiva. E a explicitação da aceitação ou rejeição social de tais formas é uma tarefa da gramática normativa. As três podem evidentemente conviver na escola. Em especial, pode-se ensinar o padrão sem estigmatizar e humilhar o usuário de formas populares como "nóis vai ". Acho que com estes dizeres, não é preciso falar mais muita coisa. A escola que exige do professor cópia e gramática, está podando e impedindo o aluno de conseguir novas vivências e aprendizagens.
  Diante disto, entreguei um texto do professor Délcio Vieira Salomon, que faz uma reflexão sobre o "bom leitor x mau leitor" e realizamos debates sobre os temas apontados, verificando que a temática do GESTAR vai ao encontro com os temas atuais abordados pelas provas do SAEB e ENEM, que visa interpretação, localização de pistas, uso de genêros e suportes, coerência, coesão, tese e argumentação. Neste momento, tudo ficou encaixadinho como uma "luva". Realizamos a leitura do texto fornecido pelo professor Maurício, " Para Sara, Raquel, Lia e para todas as crianças" de Carlos D. de Andrade e foi uma reflexão muito boa para o fechamento do tema.
  Os relatos da Unidade 17 já havíamos explorado, então somente fizemos breves menções e partimos para a Unidade 18, que havia sido realizado o Avançando na Prática.
 
  Formadora ( Sabrina )

  UNIDADE 18

  Nesta Unidade o tema abordado é Coerência e como texto ilustrativo trago o seguinte:
  Casos de problemas de comunicação no dia-a-dia:

  Família Inglesa
(Autor desconhecido)

  Certa vez uma família inglesa foi passar as férias na Alemanha. No decorrer de um dos passeios, viram uma pequena casa de campo, que lhes pareceu boa para passar as férias de verão. Foram falar com o proprietário, um pastor alemão, e combinaram alugá-la no verão seguinte.
  De volta à Inglaterra discutiram muito sobre a planta da casa. De repente a senhora lembrou-se de ter visto o W.C. Confirmando o sentido prático dos ingleses, escreveram imediatamente para confirmar tal detalhe; a carta foi escrita assim:


“Gentil Pastor,
Sou membro da família inglesa que há pouco visitou-o com o fim de alugar a sua propriedade no próximo verão. Como esquecemos um detalhe, muito agradeceríamos que nos informasse onde se encontra o W. C.”


O pastor, não compreendendo o significado da abreviatura W.C. e julgando tratar-se da capela da seita inglesa Whíte Chapel, respondeu nos seguintes termos:
“Gentil Senhora,
Tenho o prazer de comunicar-lhe, que o local de seu interesse fica a 12 quilômetros da casa. É muito cômodo, sobretudo se existe o hábito de ir lá freqüentemente. Nesse caso é preferível levar comida para passar lá o dia inteiro. Alguns vão á pé, outros de bicicletas. Há lugar para 400 pessoas sentadas e 100 em pé, e recomenda-se chegar cedo para arrumar lugar sentado, pois os assentos são de veludo. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam côro.
Na entrada é distribuída uma folha de papel para cada um; porém se alguém chegar depois da distribuição, pode usar a folha do vizinho ao lado. Tal folha deve ser restituída à saída para poder ser usada durante o mês. Existem ampliadores de som. Tudo o que se recolhe é para as criancinhas pobres da região. Fotógrafos especiais tiram fotos para os jornais da cidade, a fim de que todos possam ver os seus semelhantes no desempenho de um dever tão humano.
O pastor teve uma interpretação errada da sigla “W.C.”, pois em seu país não se conhece entre o povo, tal sigla, “W.C.” com a mesma finalidade dos ingleses, ou seja, abreviar a palavra “Water Glose”, que quer dizer: “Latrina com descarga de água”.

  Podemos notar claramente que quando ocorre um problema na comunicação, a compreensão fica prejudicada, resultando em leituras pobres e abstrações.
 Nós professores temos que ter em mente que a comunicação é à busca de entendimento, de compreensão. É uma ligação, transmissão de sentimentos e ideias. Se ocorrer algum problema neste percurso: ruído, entropia, redundâncias, no repertório do falante, a coerência na comunicação tanto escrita quanto oral, ficará prejudicada.
  Assim, a coerência de um texto não está propriamente no texto, ou na simples organização lingüística: é uma qualidade que se constrói na leitura e interpretação dos textos, sejam verbais ou escritos. A coerência vai combinar os textos com seu interior. Ligando as partes de maneira a formar um todo. A harmonia entre as informações que servem de pistas para estabelecer a continuidade do texto, constitui a coerência textual.
  No caso do texto “Família Inglesa”,podemos observar que a comunicação escrita não pertencia ao mesmo conhecimento de mundo dos interlocutores e isso causou todos os equívocos.
  Nosso aluno deve entender que a linguagem deve ser precisa; palavras e frases, utilizadas com economia, evitando-se as redundâncias. É preciso evitar o excesso de palavras desnecessárias.

Cursista ( Sheila )

COERÊNCIA TEXTUAL
RELATO DE PRÁTICA

  Avançando na prática da seção 3 – As partes do todo – p.105
  Este avançando na prática teve como objetivo propiciar o desenvolvimento de construção da coerência textual, através de uma história em quadrinhos que previamente foram retirados os diálogos. A turma deveria escrever os diálogos, de maneira que existisse coerência entre si e contextualização com o conteúdo das imagens.
  Antes de iniciar essa atividade, trabalhei um pouco sobre as características das histórias em quadrinhos, passei no quadro os tipos de balões e para que servem, falei da importância da linguagem não-verbal nas HQs para a compreensão textual e aproveitei o momento para trabalhar as onomatopéias que são bastante comuns nas HQs.
  A partir daí, levei uma história em quadrinhos sem os diálogos e pedi que os alunos analisassem as imagens e tentassem apreender o que os quadrinhos estavam querendo dizer. Oralmente criamos hipóteses para a possível história. Depois pedi que completassem os balões, criando uma história que fizesse sentido, que estivesse contextualizada com as imagens da HQ. Para isso, disse a eles que deveriam prestar bastante atenção às imagens, pois elas têm importante papel de contextualização e que muitas vezes não só o que está escrito basta ou que muitas vezes podemos encontrar HQs apresentando somente a linguagem não-verbal e aí cabe ao leitor interpretá-la a partir das figuras, posições, fisionomias, onomatopéias... A HQ que levei aos alunos apresentava alguns quadrinhos só de imagens e algumas onomatopéias que eles deveriam levar em consideração para criar um texto coerente.
  Não realizei a segunda sugestão do avançando na prática com a turma, entretanto pedi aos alunos que eles próprios criassem uma história em quadrinhos que apresentasse todos os tipos de balões estudados: de fala, de pensamento, cochicho, grito; algumas onomatopéias e quadrinhos somente com linguagem não-verbal, procurando estar atentos para tudo se encaixar dentro do fio condutor da história, contextualizando todas essas características das HQs que trabalhamos, na história elaborada.
 Com esta atividade acredito que a turma atingiu os objetivos, ficando clara a importância da coerência e coesão para que um texto seja bem compreendido, sem haver falhas, ambigüidades. Um texto não é só um amontoado de frases, as frases devem apresentar sentido, seguindo um caminho de entrelaçamento de idéias que estabeleçam coerência, contextualização de informações numa estrutura textual.

Cursista ( FABI )

Avançando na Prática – Unidade 18
Coerência Textual

  O Avançando na Prática referente à Unidade 18 busca compreender que a coerência se dá quando os elementos que compõe um texto contribuem para a harmonia entre as partes deste mesmo texto. Tais elementos podem ser verbais ou não verbais e, para que haja uma compreensão por parte do leitor é necessário que este mesmo leitor tenha um conhecimento prévio desses elementos a fim de possibilitar a compreensão e, finalmente a eficácia da leitura.
  Este Avançando na Prática foi desenvolvido em duas turmas. (5ª e 7ª séries).
  Com a 5ª série procurei trabalhar com Histórias em Quadrinhos. Primeiramente, distribui material em que os alunos no decorrer da atividade descobriam os tipos de balões. Expliquei todos os tipos e finalidades deixando claro a importância da utilização de cada um deles em relação a compreensão da mensagem transmitida ao leitor.
  Após distribuí material somente com sequência de imagens, na qual os alunos deveriam observar e desenvolver as falas dos personagens de acordo com as imagens apresentadas e os balões solicitados em cada quadrinho.
Como a atividade transcorreu tranquilamente, aproveitei para realizar com os alunos a transposição de gênero transformando a história em quadrinhos em um diálogo, procurando deixar claros os seguintes aspectos no decorrer do diálogo: quem, onde, quando e como a história esta acontecendo, com isso aproveitei para trabalhar alguns elementos da narrativa sem precisar usar de conceitos.
  A atividade foi realizada de forma tranquila e bastante satisfatória, pois os alunos não apresentaram dificuldades alguma, o que não prejudicou em nenhum momento à obtenção dos resultados desejados. Apenas alguns alunos reclamaram quanto à escrita do diálogo, mas acabaram realizando a atividade.
  Tanto as falas da HQ quanto a produção do diálogo superam as minhas expectativas, pois os alunos conseguiram, em sua maioria, estabelecer relação entre as imagens apresentadas com os textos escritos.
  Já com a turma da 7ª série, procurei trabalhar com a atividade proposta no AAA5 – Aula 5 – A unidade das imagens em que o objetivo é identificar como se constrói a unidade de sentido nos textos de imagens.
  Após a distribuição do material, expliquei que alguns textos são compostos a partir de seqüência de palavras previamente escolhidas e organizadas pelo autor. Outros textos, no lugar de palavras, apresentam-se ao leitor a seqüência de imagens que juntas e organizadas, constroem uma narrativa, uma história.
  Diante da explicação, solicitei aos alunos que observassem as imagens apresentadas e as organizassem para compor um texto narrativo com início, meio e fim, e após a leitura atenta dos elementos das imagens, os mesmos deveriam atribuir uma numeração para a sequência apresentada para em seguida reconstituir a narrativa de forma escrita.
  Como os alunos estavam apresentando certas dificuldades quanto a produção da versão escrita da história, procurei orientá-los quanto as pistas das ilustrações que permitem construir a sequência da narrativa, pois a dificuldade maior era de relacionar as imagens a forma escrita e consequentemente produzir um texto com início, meio e fim, mas com algumas dicas dadas, todos conseguiram desenvolver a atividade proposta.
  As atividades propostas têm superado todas as dificuldades com um resultado expressivo dos alunos, pois eles sempre produzem dentro do que é proposto, as atividades realizadas.

  Após relato das meninas e suas dificuldades e recompensas com o trabalho desta unidade, realizamos coletivamente a Proposta de Atividade da Oficina, através da análise do texto publicitário FURNAS. O trabalho foi bem rápido até e bem divertido, pois as ideias e pistas iam surgindo a todo momento e tínhamos que mudar nossas anotações sobre o que víamos no contexto e no visual e concluímos o quanto é importante o resgate do conhecimento de mundo de nossos alunos, para assim concretizar uma compreensão sobre o que eles realmente entenderam e o que tal atividade pode significar  realmente para eles e não ser somente mais uma atividade sem nexo ou fundamento. É exatamente aproveitar o conhecimento prévio já trazido, instigando novos apontamentos sobre o texto explorado.
  Esta oficina, diferente das demais, parece que aconteceu de forma mais rápida, talvez porque já estávamos bem interadas do assunto.


  " A leitura de um bom livro é um diálogo incessante: o livro fala e a alma responde." ( Ruben Zevallos Jr.)